sábado, 12 de março de 2011

AS TRÊS DIVISÕES DO CÂNON HEBRAICO



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A Lei

Esta parte sempre foi a mais altamente distinguida pelos israelitas e considerada como o fundamento da Bíblia.  Isto decorria por causa de sua própria natureza e antigüidade. Todavia, não sabemos a partir do exato momento em que estes cinco livros passaram a serem considerados como inspirados.  O que sabemos é que Moisés recebeu de Deus a maior parte do material nela contido, e que este material foi muito cedo considerado autorizado.  Entre os profetas, especialmente Oséias e Amós, pertencentes ao século, percebe-se uma grande intimidade com os ensinos do Pentateuco, e quando o Deuteronômio foi encontrado no templo, nos dias de Josias, foi considerado divinamente inspirado, tanto pelo rei e sacerdotes e o povo.
O próprio exílio Babilônico é considerado pelos escritores sagrados como devido às infrações contra os estatutos e a aliança que Deus estabeleceu com os antepassados, registrados na Lei.
Ao tempo de Esdras e Neemias, pós-exílio, a Lei tinha aceitação universal como livro inspirado entre os judeus.  Certamente, deve ter sido assim considerado por muitos anos ou séculos antes.

Os Profetas

Tudo indica que se tornou o segundo grupo de livros aceito como divinamente inspirado. Muito naturalmente os profetas individualmente, desde há muito, tinham sido considerados inspirados, o mesmo se podendo dizer dos demais livros que receberam a sua aceitação pelo povo, como inspirados, em virtude da função dos seus autores.
Pode se reunir provas de que , como Cânon, a Bíblia Hebraica estava completa no ano 180 a.C. (cf. nota nº 10).  Todavia, quantos anos ou séculos antes teria sido assim considerada, não sabemos com exatidão.
É verdade que também não sabemos como os livros chamados de Profetas Anteriores (Josué a II Reis), que nós denominamos de históricos, vieram a serem classificados entre os livros canônicos.
Uma possível resposta é de que os autores desses livros, quem quer que tenham sido eles, foram pessoas que ocuparam o ofício profético.  Sabemos que nem todos os profetas registraram as suas mensagens.  Todavia, quando pessoas que exerciam o oficio profético registraram a história de Israel, pode-se compreender de imediato por qual motivo tal história foi aceita pela congregação israelita como a Palavra de Deus.  Assim, em sua interpretação sobre a história, esses escritores freqüentemente professam falar em Nome de Deus.  Esses livros ainda que sejam históricos em seu caráter, é também o registro da contínua ação soberana de Deus na vida de Israel.
Estes livros não apenas estão em perfeita harmonia com as profecias escritas (Profetas Posteriores), como se constituem no perfeito complemento da história contida na Lei de Moisés.  Sem o registro interpretativo da história, muito do que os profetas disseram seria totalmente obscuro.
Os Escritos ou Hagiógrafos
O termo ‘Escritos’ foi uma designação encontrada pelo fato do conteúdo heterogêneo do seu conteúdo dificultar o emprego de uma classificação especifica, tal como a encontrada na Lei e nos Profetas. Este foi o último grupo de livros a ser aprovado como um todo, não significando que alguns destes livros não fossem individualmente classificados como inspirados.  Todavia a inclusão de qualquer livro nesta seção, nesta época ou mesmo posteriormente, não significa que ele fosse escrito depois, pois é provável que muitos deles foram escritos há muito.
Quando foi concluída a terceira parte da Bíblia Hebraica?  As referências históricas [Macabeus e Josefo] bem como as contidas no Novo Testamento, indicam claramente que Jesus e os Apóstolos possuíam o Velho Testamento substancialmente, como nós o temos hoje.




 “Os profetas exigiam a mesma obediência às suas palavras que era dada à Lei de Deus. Não hesitavam em afirmar francamente a Israel que suas calamidades e desgraças tinham sobrevindo à nação, não só por causa de sua desobediência à Lei, mas igualmente porque o povo transgredia contra as palavras dos profetas. .... A evidência que sustenta essas declarações não é isolada.  Pelo contrário, se alguém ler os escritos proféticos com o propósito de observar qual o testemunho dos profetas quanto à sua própria autoridade, descobrirá quão freqüente e consistentemente eles asseveram que estavam declarando a Palavra final e absoluta de Jeová (cf. por exemplo, Is.8:5; 31:4; Jer.3:6; 13:1; Ez.21:1; 25:1; Amós 3:1; 7:1, e segs., etc...). ... Portanto, caso aceitemos o testemunho da própria Bíblia, veremos que as palavras dos profetas eram consideradas como autoritativas em Israel, como também decisivas e inspiradas.  Conseqüentemente, podemos compreender facilmente como essas palavras, em sua forma escrita, seriam preservadas na congregação e reputadas a Palavra de Jeová.”  YOUNG, EDWARD J. op. cit., p.40.
 “Tanto quanto é conhecido, nenhum desses livros jamais teve disputada a sua canonicidade.  Os profetas anteriores, pois, foram aceitos como canônicos, visto que tinha sido escritos por homens que ocupavam o alto ofício profético, e os quais, na qualidade de profetas inspirados, interpretaram a história de Israel.”  YOUNG, EDWARD J. , Ibid., p.41

Um comentário:

Unknown disse...

Não conseguimos ler o assunto corretamente porque tem uma propaganda cortando as palavras.